Dança

Conheça a história do Ielzo Soriano, ‘O Rei do Sarrada em Câmera Lenta’ que tem 48 anos

20.03.2017 | Por: Kondzilla Portal

Quem nunca foi gravado dando aquela sarrada com os amigos? Normal, né?! Para o promotor de vendas Ielzo Soriano de Oliveira Filho, 48, morador do Itaim Paulista, extremo leste de São Paulo, a brincadeira com os colegas de trabalho rendeu a ele, além de uma advertência no trabalho, sucesso na internet e dinheiro. Hoje, conhecido como ‘Rei da sarrada em câmera lenta’ e com quase 100 mil curtidas no Facebook e vídeos que com mais de 150 mil visualizações no YouTube, Ielzo recebeu a equipe da Kondzilla para falar um pouco sobre sua história e de como surgiu a sarrada em câmera lenta.

“Tudo começou numa brincadeira, no banheiro da loja em que eu trabalhava, em setembro de 2016. Um colega soltou um funk e eu disse: É agora! Comecei a dançar, ele gravou e jogou no YouTube. A repercussão foi tão grande que até tomei uma advertência, porque estava com a camisa da empresa no vídeo. Hoje eles [chefes] me apoiam, só pedem para não gravar mais com a camisa (risos)” adianta o dançarino antes mesmo de se começar a conversa.

Tirando a relação da idade com os vídeos, a história de Ielzo não é muito diferente de boa parte dos 11 milhões de paulistanos. Há 15 anos, ele saiu de Recife rumo a capital, São Paulo, a convite do pai, para trabalhar de porteiro na maior metrópole da América Latina. Tudo em busca de uma vida melhor.

Depois do trabalho como porteiro, o ‘Rei do Passinho em Câmera Lenta’ trabalhou como cobrador de ônibus, vendedor em uma loja de roupas e, atualmente, é promotor de vendas em um supermercado da capital paulista. A música e a dança nunca passaram na sua cabeça como opções de trabalho.

Ielzo, que não gostava de funk (cê acredita?), conheceu o ritmo graças ao filho, que apresentou os vídeos do Fezinho Patatty para o pai. Dançarino de break dance nas horas vagas e fã de Michael Jackson, Ielzo não titubeou e mostrou para o filho que entendia do negócio. Quer dizer, não só para o filho, para o mundo.

“Eu falava para o meu filho que sabia dançar aquilo também. Em Recife eu já dançava e sempre gostei, é algo que já estava dentro de mim” conta o dançarino que tira onda na sarrada e dança na cara dos seus 48 anos.

Hoje, o hobby se tornou algo sério na vida de Ielzo, que concilia o trabalho como promotor com a gravação de vídeos, entrevistas e eventos. E, seja no trabalho ou na rua, o reconhecimento é grande. Fotos, convites, palavras de apoio se tornaram coisa comum no dia-a-dia de Ielzo. Mas também há críticas.

“Vai se aposentar tiozinho”, “Isso não existe, deixa isso pros meninos” são frases que ele costuma ouvir ou ler nas páginas que tem nas redes sociais. “Eu respondo ‘obrigado’, porque essas palavras vão fazer que eu me fortaleça mais e dance melhor” conta ao dar risada dos ‘haters’ que não conseguem afetá-lo.

E nessa correria, o ‘Rei do Passinho’ conta com uma ajuda fundamental do seu filho, empresário e filmmaker, Vitor Soares, 23. O jovem ajuda o pai em todos os passos, desde agendar eventos e entrevistas a escolher as músicas para o pai dançar e editar os vídeos que ele mesmo grava. Tudo isso, conciliando com o curso superior de Direito que cursa há 2 anos.

“Nossa, é demais [trabalhar com o pai]. O meu celular não para nos últimos meses” conta o rapaz que além de empresário do pai também tem sua vida particular para cuidar “também tenho que conciliar com o meu

 

Sendo pai, avô e com um público grande de crianças, Ielzo se preocupa muito com a imagem que transmite através da dança e nos palcos. E seu filho também ajuda nesse molde. “Procuramos buscar músicas light, para alcançarmos todos os públicos. Também tentamos tirar um tempo para atender o pessoal, tirar fotos, etc” conta o dançarino de 48 anos.

Vitor diz que o pai fatura cerca de R$5 mil por mês com a dança, algo inimaginável para os dois, que nunca focaram no dinheiro. Tanto que até hoje realizam shows gratuitos em eventos gratuitos também. ”Essa renda que vem da dança nos ajuda bastante, conquistamos diversas coisas com a ajuda dos vídeos, mudei de casa, de carro. Nunca imaginei ganhar dinheiro [com funk]. Hoje vejo meu pai dançando e ganhando dinheiro do Youtube apenas dançando e fico feliz” diz Vitor, que também não imaginava o quão longe o pai poderia chegar.

Mesmo com todas as conquistas dos últimos meses, Ielzo e o filho não deixam de sonhar cada vez mais. “Tenho o sonho de um dia dançar com o MC Guimê, ele cantando e eu dançando. Ah, e também participar de um clipe do Kondzilla! Seria uma coisa linda (risos)”.

 

O dançarino Ielzo Soriano veste a camiseta Big Zilla. Adquira a sua também na loja da Kondzilla!

Confira mais do trabalho do Ielzo pelas redes sociais: Facebook // Youtube

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