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Nego do Borel aparece no 150BPM, febre do funk carioca

10.07.2018 | Por: Guilherme L. da Rocha

“Pode chegar, pode chegar, que a festa vai começar”, anuncia o carioca Nego do Borel em seu mais novo lançamento com a KondZilla, “Me Solta“. A música é um retrato claro e direto de que o Rio de Janeiro voltou a tona no movimento baile funk. Não que os cariocas tenham saído de cena, o que rolou foi uma renovação dos artistas cariocas e uma briga besta sobre se o 150 seria ou não parte dessa renovação do ritmo carioca. Com mais de 3 milhões de visualizações em menos de 24 horas, Nego do Borel confirma a previsão: O 150BPM não é uma onda passageira, ele veio pra ficar.

Gravado no coração da Morro do Borel, a produção do videoclipe aproveita ao máximo as características do que explodiu o som dos morros para o mundo: passinhos sincronizados, uma música simples e chiclete – DJ Rennan da Penha também é cria do 150BPM e produziu com maestria a música num formato menos é mais: batida, voz e synths marcando a música. Além disso, corpos, muitos corpos dançando de inúmeras formas e passinhos, aceitando tudo e todos.

Borel é natural do Morro do Borel, que fica localizado no bairro da Tijuca, na Zona Norte no Rio de Janeiro, e explodiu no movimento funk em meados de 2013, sempre com muita irreverência nas letras. De lá pra cá, virou ator da Rede Globo e fez diversas colaborações com artistas do movimento pop e da música brasileira. Pelos bastidores, comentava-se que Borel tinha largado o movimento e aquele papo que sempre ouvimos quando algum artista é contratado por uma grande gravadora, mas com o lançamento de “Me Solta”, percebemos que trabalho é uma coisa, e amor pelo funk é outro. Um videoclipe que chama a atenção do público de volta ao Rio de Janeiro – raiz do baile funk.

Quem aceitou a missão de produzir o videoclipe foi o diretor Lucas Romor. Focado no rap de São Paulo e trabalhando na KondZilla há quatro meses, ele falou com o Portal KondZilla sobre as gravações.

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Nego do Borel e o diretor Lucas Romor

“Gravar no Rio de Janeiro, com um dos maiores artista do país foi uma experiência incrível, tanto pelo fato do Nego ser uma pessoa extraordinária, tanto pelo fato de que a estrutura era gigante – sendo assim o meu maior clipe em questões de pessoas envolvidas”, disse. “A princípio fiquei muito contente em saber que ia fazer um clipe de uma música que já estava tocando por todo país. O ritmo acelerado do 150BPM deu uma nova estética, a minha linguagem, com a ajuda do Youssef Jabour [editor responsável pelo clipe], conseguimos achar soluções que ficassem dentro das minhas características, e que não perdesse a dinâmica que o filme pedia”.

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Mais do que dizer que o videoclipe foi um sucesso, mostra que os cariocas acertaram a mão em seguir a tendências que o público carioca escuta. O 150 não é mais uma previsão é uma realidade que toma conta das favelas e agora também do Youtube. O que poderia ter vindo antes esbarrou em uma besteira de gerações achando que poderia estragar ou não funk, mas, novamente, como disse DJ Polyvox “se feito com qualidade, o 150 pega mesmo”.

A dúvida agora é: qual vai ser a reação do movimento paulista de funk? Alguns cantores já deram alguns pitacos no 150, como MC MM em “Só quer Vrau” e MC Rael em “Muito elegante”. Nos bailes paulistas, ainda é tímido os sons em 150, diferente do Rio que já tem gravadora e equipe de som, grandes produtores em gravadoras e agora, o segundo videoclipe em 150 no maior canal de música no Youtube brasileiro.

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Se tem uma coisa que eu posso dizer para vocês é: que época para estar vivo e acompanhar o movimento funk.

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