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Simone e Simaria se destacam no Feminejo

29.01.2018 | Por: Guilherme Lucio da Rocha

Falar sobre o protagonismo da mulher nos dias de hoje soa até um pouco batido. Porém, é sempre bom destacar o quanto elas avançaram em lugares que até então eram “exclusivos” aos homens. Um fenômeno que mostra bastante essa evolução de padrões é o “feminejo”, onde mulheres cantam um sertanejo que vem encantando todo o Brasil. Uma das estrelas desse movimento é a dupla Simone e Simaria, dos sucessos “Quando o Mel É Bom“, “Loka” e “Regime Fechado“. Como amanhã tem lançamento da música “Tá Tum Tum” da dupla com o Kevinho, o Portal KondZilla vai explicar melhor como elas vêm chamando a atenção não só de quem curte uma sofrência – mas de todo um universo musical.

Nascidas e criadas no interior da Bahia, as irmãs Simone e Simaria começaram na música no forró, só que a fama veio mesmo com o sertanejo. Sim, as irmãs que são conhecidas como ‘as coleguinhas’ atuavam com a própria banda forrozeira: a Forró do Muído. Foi com este trabalho, junto também do forrozeiro Binha Cardoso, que as duas ganharam projeção nacional. Daí em diante, elas decidiram mudar de rumo e embarcaram no sertanejo por volta de 2012.

A mudança deu mais que certo para as coleguinhas, que aproveitaram outras artistas em ascensão para somar no movimento de sertanejo feminino. Artistas de peso como: Marília Mendonça, Naiara Azevedo e a dupla Maiara e Maraísa, apresentaram para o Brasil o “feminejo”, que nada mais é do que o sertanejo sob a ótica feminina. Nascida depois do boom do sertanejo universitário, essa nova vertente carrega uma raiz sertaneja, vinda do interior brasileiro, falando sobre sobre a noitada e a pós-noitada, mas cantadas por elas.

A vertente sertaneja é, atualmente, o maior movimento musical brasileiro. Como o próprio nome sugere, o ritmo nasceu no interior brasileiro, principalmente na região Centro-Oeste, em capitais como Cuiabá, Goiânia e Campo Grande. Não tem como creditar um momento na história do movimento em que o som se popularizou no país, pois ele sempre esteve presente, em alguns momentos em alta, como nos anos 90, com destaque para as duplas Zezé de Camargo e Luciano, Leandro e Leonardo, João Paulo e Daniel. Em seguida, com o Sertanejo Universitário, nos idos dos anos 2000, a música voltou a aparecer nos noticiários. O que muda agora, é que com plataformas de streaming se popularizando, fica mais fácil de identificar os movimentos em ascensão – como o caso do “feminejo”. Pra você ter uma ideia da grandiosidade do sertanejos nos dias de hoje, quatro dos cinco artistas mais ouvidos no Spotify são do sertanejo – e, obviamente, um desses artistas era mulher.

É importante lembrar que sempre teve cantoras de sertanejo, como por exemplo Roberta Miranda e Paula Fernandes. A diferença agora, é que surgiu um movimento com novos artistas e letras direcionadas ao público. Agora temos músicas falando da sofrência, do porre na mesa do bar ou da traição banal, sob a outra ótica. Num mundo onde o feminismo está cada vez mais em pauta, o “feminejo” chama a atenção por ser feito por mulheres, falando do cotidiano feminino com toda a liberdade necessária.

Outro ponto que chama a atenção na carreira das coleguinhas são suas parcerias de sucesso. Desde o início da dupla no sertanejo, já rolou parceria com o grupo de pagode ImaginaSamba, com a cantora Anitta, com produtor DJ Alok, além, claro, das inúmeras parceiras de sertanejo. Foram tantos trampos em conjunto dando certo, que em 2017 elas lançaram uma coletânea chamada “Duetos”, reunindo diversos desses trabalhos.

Se 2017 foi um ano marcante na carreira da dupla, com direito a indicação ao Grammy Latino e o prêmio de melhor grupo no Prêmio Multishow de Música Brasileira, além de sucessos tocando em tudo quanto é rádio no Brasil, parece que 2018 não vai ser muito diferente para a dupla que já começa o ano com um trabalho em parceria com o Kevinho. A música “Tá Tum Tum” recebeu um videoclipe da KondZilla e tem o lançamento marcado para amanhã, 30/01. Podemos dizer que por aí vem sucesso: sim ou claro?

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